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Nasceu no dia 21 de abril, em uma comunidade no subúrbio em Thomás Coelho, atrás do Morro do Juramento no Rio de Janeiro. Os pais Vera Lúcia e Valter Carvalho nunca apoiaram a menina Verônica, Vera Lúcia que só conheceu sua mãe aos 30 anos.
A ausência dos pais fez com que Vera Lúcia casasse muito jovem e quando Verônica tinha apenas quatro anos eles se separaram.
O motivo? O mesmo de muitas brasileiras: Valter batia demais em Vera e só queria saber de mulheres mais jovens, noites e boemia.
“Minha mãe sozinha neste mundo passou a viver por temporadas nas casas de amigos e familiares.
Foi manicure, faxineira nas casas de pessoas conhecidas para conseguir dinheiro para alimentar os filhos. Jovem e bonita, porém muito sofrida ela foi aos poucos se transformando numa pessoa amarga e violenta, passou a beber compulsivamente, e tudo para ela era motivo de me bater, humilhar, cuspir no meu rosto e até me proibir de comer.
Lembro com muita tristeza que dos 7 aos meus 15 anos nunca recebi uma palavra de amor dela, só violência.
Meu pai que sempre morou na mesma rua, casou-se com outra jovem, teve três filhos, e quando eu chegava perto dele era só humilhada e massacrada pelo simples fato de que para ele eu não deveria ter nascido.
Eu cresci ouvindo da minha mãe a seguinte frase: “Você destruiu minha vida, você é um câncer”.
Meu pai, me ignorava, lembro-me que eu estudava em um bairro próximo ao que eu morava.
Tinha vergonha de dar calote no ônibus, quando eu passava na minha rua ouvia sempre alguém dizer:
_ "Coitada! Essa menina é tão bonita e não tira esse sapato quichute do pé.
" As meninas cassoavam:
_ "Ah, tá, só porque ele tem carro e olhos verdes e é lindo, se fosse seu pai daria pelo menos uma buzinada.
" A minha grande sorte foi ter como avó paterna minha amada “vó Martha”, que sempre me levava para igreja e repetia as seguintes frases:
_ “Filha, diga com quem andas que direi quem és, esteja com pessoas melhores que você, tudo vai passar, seus pais são loucos. Não liga, é melhor só do que mal acompanhada.
Ora que Deus faz melhorar.
" Essa era uma de suas frases prediletas.
Tempos depois minha mãe casou com uma pessoa 10 anos mais jovem que ela.
Ele deu uma casa de um quarto e cozinha para ela viver comigo, mas seu então marido tinha um grave problema.
Era alcoólatra, viciado em cocaína e extremamente violento.
Leia a continuação desta grande história de vida no site www.veronicacosta.com.br