domingo, novembro 29, 2009

História de vida da verdadeira e única Rainha do funk


Nasceu no dia 21 de abril, em uma comunidade no subúrbio em Thomás Coelho, atrás do Morro do Juramento no Rio de Janeiro. Os pais Vera Lúcia e Valter Carvalho nunca apoiaram a menina Verônica, Vera Lúcia que só conheceu sua mãe aos 30 anos.
A ausência dos pais fez com que Vera Lúcia casasse muito jovem e quando Verônica tinha apenas quatro anos eles se separaram.
O motivo? O mesmo de muitas brasileiras: Valter batia demais em Vera e só queria saber de mulheres mais jovens, noites e boemia.
“Minha mãe sozinha neste mundo passou a viver por temporadas nas casas de amigos e familiares.

Foi manicure, faxineira nas casas de pessoas conhecidas para conseguir dinheiro para alimentar os filhos. Jovem e bonita, porém muito sofrida ela foi aos poucos se transformando numa pessoa amarga e violenta, passou a beber compulsivamente, e tudo para ela era motivo de me bater, humilhar, cuspir no meu rosto e até me proibir de comer.

Lembro com muita tristeza que dos 7 aos meus 15 anos nunca recebi uma palavra de amor dela, só violência.
Meu pai que sempre morou na mesma rua, casou-se com outra jovem, teve três filhos, e quando eu chegava perto dele era só humilhada e massacrada pelo simples fato de que para ele eu não deveria ter nascido.

Eu cresci ouvindo da minha mãe a seguinte frase: “Você destruiu minha vida, você é um câncer”.
Meu pai, me ignorava, lembro-me que eu estudava em um bairro próximo ao que eu morava.
Tinha vergonha de dar calote no ônibus, quando eu passava na minha rua ouvia sempre alguém dizer:
_ "Coitada! Essa menina é tão bonita e não tira esse sapato quichute do pé.
" As meninas cassoavam:
_ "Ah, tá, só porque ele tem carro e olhos verdes e é lindo, se fosse seu pai daria pelo menos uma buzinada.
" A minha grande sorte foi ter como avó paterna minha amada “vó Martha”, que sempre me levava para igreja e repetia as seguintes frases:
_ “Filha, diga com quem andas que direi quem és, esteja com pessoas melhores que você, tudo vai passar, seus pais são loucos. Não liga, é melhor só do que mal acompanhada.
Ora que Deus faz melhorar.
" Essa era uma de suas frases prediletas.
Tempos depois minha mãe casou com uma pessoa 10 anos mais jovem que ela.
Ele deu uma casa de um quarto e cozinha para ela viver comigo, mas seu então marido tinha um grave problema.
Era alcoólatra, viciado em cocaína e extremamente violento.

Leia a continuação desta grande história de vida no site www.veronicacosta.com.br