quarta-feira, março 10, 2010

DE OLHO NOS FILHOS

Horas na piscina ou na praia: atenção, isso pode provocar problemas na visão

O verão já chegou e as férias também, com eles, as piscinas ficam lotadas. Em casa, os efeitos indesejados são percebidos pelos pais, nos pequenos: pele e cabelos ressecados, irritação nos olhos e no nariz, crises de coceira e espirros. É possível aproveitar os mergulhos e a diversão o verão inteiro sem terminar a temporada com a saúde prejudicada.
O cloro, o cobre e outros produtos e substâncias usados para deixar a piscina própria para banho são as principais fontes de irritação respiratória e cutânea, mas raramente causam alergias crônicas ou doenças mais sérias. "O cloro é uma substância tóxica que, mesmo em doses baixas, como as usadas nas piscinas, pode irritar a pele, pois retira a camada protetora da derme e dos cabelos, que acabam ficando ressecados. A substância também prejudica as mucosas dos olhos e do nariz", explica o oftalmologista Virgilio Centurion, diretor do Instituto de Moléstias Oculares.
"Depois de muitas horas de diversão na piscina ou na praia, a pele enruga, o queixo bate e os olhos ardem e ficam congestionados. Essas irritações na visão costumam desaparecer sozinhas, mas merecem atenção porque podem estar também associadas a infecções, alergias e até ferimentos", observa a oftalmopediatra Maria José Carrari, do IMO.
Segundo a médica, os atendimentos oftalmológicos mais comuns durante o verão são motivados porque as crianças adoram nadar com os olhos abertos embaixo d'água e não usam os óculos de natação, além haver muito cloro na maioria das piscinas. Recomendamos que, após um dia inteiro de sol e piscina, a criança tome banho e a mãe pingue uma gota de colírio lubrificante em cada olho. Se a irritação persistir, a mãe deve exigir o uso de óculos de natação. "Se mesmo assim, a irritação não passar, é preciso procurar um oftalmologista para averiguar a possibilidade de alguma infecção ou inflamação mais grave", diz Maria José.
De férias: Cuidados simples mas importantes pra evitar problemas com as crianças
Epidemia de conjuntivite
A água da piscina é um dos lugares mais propícios para o contágio de algumas infecções oculares. "A principal delas é a conjuntivite, causada por vírus ou bactéria. Os olhos ficam vermelhos, inchados, lacrimejando, sensíveis à claridade e com a sensação de ter um corpo estranho. Às vezes, há uma secreção espessa que faz a criança acordar com os olhos grudados", explica a oftalmopediatra.
Dependendo do tipo da conjuntivite, o tratamento é feito com antibiótico, além de compressas frias nos olhos. "Como é contagiosa, também é preciso separar as roupas e objetos de uso da criança e não deixar que ela esfregue os olhos. O ideal é que após o diagnóstico do oftalmologista, ela fique em casa por alguns dias, para evitar o contato com outras crianças", diz Maria José.
Verão pra bebê: Dicas pra proteger o seu filho e evitar o aparecimento de câncer de pele
Criança também tem que usar óculos escuros
A exposição solar sem proteção pode causar problemas, a longo prazo, por isto, se o seu filho ainda não tem um bom par de óculos de sol, vale a pena providenciar um. "Não existe uma idade mínima para começar a usá-los, mas a partir dos 2 anos não dá para postergar o hábito. Quanto mais as crianças se expõem ao sol, mais necessários são os óculos. Além da piscina ou da praia, estamos falando também do uso de óculos de sol em parques ou no quintal de casa", aconselha a oftalmopediatra.
Para as crianças, valem as mesmas regras para os adultos:
-A exposição solar sem proteção pode causar, a longo prazo, diversos problemas de visão; e
-Não são indicados os uso de óculos de sol comprados em camelôs, porque não há a garantia de que as lentes tenham proteção UVA e UVB.
Seguindo essas dicas, é só alegria!!!